Assim como a história da Nova Zelândia vai muito além do navegador James Cook, dos All Blacks – a melhor equipe de rugby do mundo – e de Moana, da Disney, seus vinhos também ultrapassam a segmentação básica de "Ilha Norte" e "Ilha Sul" e vão além dos excepcionais exemplares da Sauvignon Blanc e da […]

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Assim como a história da Nova Zelândia vai muito além do navegador James Cook, dos All Blacks – a melhor equipe de rugby do mundo – e de Moana, da Disney, seus vinhos também ultrapassam a segmentação básica de "Ilha Norte" e "Ilha Sul" e vão além dos excepcionais exemplares da Sauvignon Blanc e da Pinot Noir. Nesse terroir de natureza exuberante – cenário para a épica trilogia "The Lord of the Rings" – e clima marítimo temperado, onde nenhum vinhedo está a mais de 120 km do Oceano Pacífico, as regiões vinícolas se estendem por 1.000 km da subtropical Northland até Central Otago, lar das vinhas mais ao sul do planeta. Quatro variedades se destacam e representam 90% da produção: Sauvignon Blanc, Pinot Noir, Pinot Gris e Chardonnay. Outras castas como Riesling, Syrah, Merlot, Cabernet Sauvignon, além de Albariño e Zinfandel, também são cultivadas. Embora a Nova Zelândia produza 1% do vinho do mundo, impressiona pela rica diversidade e alta qualidade. Sauvignon Blanc para além do Vale do Loire? Um Sauvignon Blanc foi o primeiro vinho a colocar a Nova Zelândia no mapa. A rica expressão aromática, intensa e singular desta uva cativou a crítica internacional e se tornou "cult" entre milhões de seguidores em todo o mundo. Em 1975, quando as primeiras videiras Sauvignon Blanc de Marlborough foram plantadas, ninguém poderia prever o status de superstar que essa variedade alcançaria dentro de algumas décadas. Hoje, para muitos críticos e enófilos experientes, a Nova Zelândia representa o ápice desta uva branca, depois de Sancerre e Pouilly-Fumé, claro. Qual o segredo? Não podemos apontar um único aspecto como determinante, mas, sem dúvida, o clima é um fator importante, especialmente na definição de estilos regionais. Enquanto as regiões vinícolas do norte contam com temperaturas mais altas, seus vinhos expressam estilos mais maduros, com notas de melão, nectarina e outras frutas de caroço. As regiões do sul têm condições de crescimento mais longas e temperaturas mais frias, que promovem frutos mais vibrantes e níveis mais altos de acidez. Os vinhos resultantes trazem notas de maracujá e outras frutas tropicais. Além do clima, os diferentes processos de vinificação são indicadores muito relevantes. Uma diversidade atribuída à utilização de leveduras autóctones, graus de contato com as borras, bem como fermentação e/ou envelhecimento em carvalho. REGIÕES – SAUVIGNON BLANC HECTARES Marlborough 23.834 Hawke’s Bay 1.011 Nelson 621 North Canterbury 401 Wairarapa 394 Gisborne 250 Central Otago 40 Marlborough A Sauvignon Blanc reina em Marlborough, região marcada por pouca chuva e muitas horas de sol, com grandes mudanças diurnas de temperatura durante o período de maturação, o que contribui para construir seu estilo marcante. Hawke’s Bay O clima temperado e mais quente produz um estilo mais maduro e redondo, com menor acidez e ricos sabores tropicais. Nelson Intensamente aromáticos, geralmente resultam em uma mistura de frutas tropicais maduras ao lado de elementos herbáceos mais clássicos do clima frio. GARRAFA De excelente safra, o TRINITY HILL HAWKE’S BAY SAUVIGNON BLANC 2016 entrega intensos aromas de frutas cítricas e de caroço, como pêssego e maracujá e um instigante toque mineral que remete a Sancerre. No paladar se destaca pela complexidade, equilíbrio e harmonia entre acidez e uma pequena e meticulosa parcela de açúcar residual. Delicioso! Pinot Noir para além da Borgonha? Já não é mais novidade que a rainha da Borgonha encontrou um belíssimo lar na Nova Zelândia, reconhecida entre as melhores expressões do Novo Mundo. Predominantemente cultivada nas regiões mais frias do sul, oferece um estilo mais parecido a Oregon e Patagônia do que Sonoma Valley e Mendoza. O impressionante crescimento da exportação nos últimos cinco anos é um indicador que comprova sua alta qualidade em meio a mercados altamente exigentes. De junho de 2019 a junho de 2020 foram comercializados 10.282 milhões de litros. REGIÕES – PINOT NOIR HECTARES Marlborough 2.733 Central Otago 1.656 Wairarapa 527 North Canterbury 444 Hawke’s Bay 223 Nelson 164 Marlborough Rico em notas de frutas vermelhas, framboesa, cereja e ameixas. Os vinhos geralmente têm acidez sutil que é complementada por sua estrutura linear e pelos taninos. Central Otago O distrito de Gibbston Valley expressa um caráter frutado, com sabores de framboesa, morangos, ervas frescas e notas de especiarias. As áreas mais quentes de Bannockburn e Lowburn produzem vinhos mais robustos e tânicos, com cerejas e frutas escuras. Notas de tomilho seco são mais encontradas na Pinot Noir de Alexandra. Wairarapa Aromas de frutas mais escuras, muitas vezes com um componente salino. Fruta rica, cheia e doce na entrada, seguida por ameixa preta e chocolate. A estrutura do vinho é baseada em taninos longos e finos. GARRAFA O TRINITY HILL HAWKE’S BAY PINOT NOIR 2013 , oferece sedutores aromas de framboesa fresca, morango, ameixa e cereja, com notas de chão de floresta e nuances terrosas. Encanta pela sedosidade e complexidade, com taninos sutis.Muito bem feito, com 90 Pontos Wine Enthusiast. Regiões vinícolas da Nova Zelândia Localizadas nas costas orientais das ilhas do norte e do sul, à sombra da chuva das montanhas, a maior parte das regiões vinícolas neozelandesas contam com solos e condições climáticas muito singulares, recortadas por sub-regiões que expressam se distinguem e evoluem ano a ano o conceito de terroir. Marlborough Uma combinação de clima fresco e ensolarado, baixa pluviosidade e solo moderadamente fértil e de boa drenagem produz vinhos que esbanjam vivacidade. Mais de 20.000 hectares de vinhas (cerca de 2/3 do total nacional) estão aos cuidados de produtores locais, tornando-se a maior região vitivinícola do país. Os diversos solos e mesoclimas estão revelando novas sub-regiões, como Southern Valleys, Wairau Valley e Awatere Valley, onde está o futuro de Marlborough. Além da estrela Sauvignon Blanc, com 23.834 hectares de vinhas cultivadas, brilham na região as castas Pinot Noir (2.733), Pinot Gris (1.238) e Chardonnay (1.083). Outras variedades representam cerca de 527 hectares. Hawke’s Bay Com videiras foram plantadas pela primeira vez em 1851, por missionários maristas, Hawke’s Bay goza de uma reputação internacional significativa por elaborar alguns dos melhores vinhos do país, entre tintos e brancos. Uma região ensolarada, relativamente grande e diversa, capaz de produzir uma ampla gama de variedades com um padrão muito alto. Segunda maior região vinícola da Nova Zelândia, é reconhecida principalmente por seus Red Blends e Chardonnay. Seus brancos aromáticos mantêm alta qualidade safra após safra e o Syrah impressiona os fãs do Rhône mais exigentes. Além disso, em Hawke’s Bay encontramos uma cultura de enoturismo, que oferece uma grande variedade de experiências de gastronomia e vinho. Nas sub-regiões de Coastal Areas, Hillsides, Alluvial Plains, River Valleys e Central Hawke’s Bay, a diversidade das castas está representada pela Chardonnay (com 1.060 hectares), Sauvignon Blanc (1.011), Merlot, Pinot Gris, Syrah, Pinot Noir e Cabernet Sauvignon. GARRAFA Com 14 anos de guarda, o TRINITY HILL Gimblett Gravels The Gimblett 2008 é um blend de Merlot, Cabernet Sauvignon, Petit Verdot, Cabernet Franc e Malbec, com estágio de 18 meses em barricas de carvalho. No auge, encorpado e exuberante. Um achado! Central Otago Uma paisagem espetacular e uma cultura turística sofisticada também abrigam alguns dos melhores Pinot Noir do mundo, sem mencionar vinhos brancos impressionantes. Em linhas gerais, a Pinot Noir que floresce em Central Otago oferece fruta exuberante sustentada por excelente estrutura e uma textura sedosa. O destaque fica por conta da impressionante variedade de expressões, graças às condições singulares de suas sub-regiões: Gibbston, Bannockburn, Cromwell, Lowburn, Bendigo, Wanaka e Alexandra. A região também é conhecida por produzir aromáticos e excelentes brancos de Chardonnay, Pinot Gris e Sauvignon Blanc. Central Otago é um reduto do turismo, com altas montanhas cobertas de neve e rios aninhados nas profundezas (território da corrida do ouro em 1800) atraem visitantes de longe. Gisborne Procurando um excepcional Chardonnay da Nova Zelândia? Encontrou! Altamente aromático e com exuberantes notas repletas de fruta, entrega um Chardonnay de alta qualidade, tanto para ser ser apreciado no curto-prazo, quanto exemplares mais intensos e longevos. Gisborne é o lar de grandes produtores, vinícolas boutique e produtores biodinâmicos aclamados pela crítica. Rica em história, a região reivindica o primeiro desembarque do Capitão James Cook, além de ser o primeiro lugar na Nova Zelândia a ver o nascer do sol. A Chardonnay é a variedade dominante e esbanja reputação, com cerca de 582 hectares de vinhedos, compartilhando espaço com a Pinot Gris (288) e Sauvignon Blanc (250), além de Merlot, Gewurztraminer e outras, nas sub-regiões de Ormond, Patutahi e Manutuke. North Canterbury As extensas planícies de North Canterbury abrangem quase 200 km da costa leste da Ilha do Sul, com magníficos alpes a oeste e o extenso Oceano Pacífico a leste. O clima fresco e seco com boa insolação e longa estação de crescimento promovem a plena expressão varietal, que fazem seus vinhos serem reconhecidos pela intensidade e complexidade da fruta. Nas sub-regiões de Waipara Valley e Canterbury Plains destacam-se a produção de Pinot Noir (444 hectares), Sauvignon Blanc (401), Riesling (271), Pinot Gris (215) e Chardonnay (99), além de outras variedades. Wairarapa Wairarapa (que significa águas brilhantes em maori) conta com uma fascinante história de colonização. As primeiras vinhas foram plantadas em 1883, mas foram vítimas do movimento de temperança (moderação do consumo de álcool) em 1905. A história moderna do vinho em Wairarapa se inicia ao final da década de 1970 e atualmente reúne alguns dos produtores mais emblemáticos e procurados da Nova Zelândia. A região produz uma ampla variedade de estilos, com destaque para Pinot Noir e Sauvignon Blanc, além de elegantes Chardonnay, Syrah e vinhos de sobremesa. As três principais sub-regiões compartilham clima e solos amplamente semelhantes, mas também oferecem diferenças sutis de caráter para o paladar mais exigente. São elas, Masterton, Gladstone e Martinborough, esta última com um perfil de clima e solo muito semelhante ao da Borgonha, vem encantando o mundo com seu aclamado Pinot Noir. GARRAFA Do terroir de Martinborough, PENCARROW Pinot Noir 2013, elaborado pela Pallister Estate. No auge da maturidade seduz com instigantes aromas de frutas vermelhas, cereja amarena, ameixas maduras, ervas secas e especiarias, enquanto entrega uma textura aveludada e elegante, com nuances florais e sutilmente herbáceas. Complexo e persistente. Nelson Há muito conhecida por suas colheitas e pomares abundantes, as raízes do vinho em Nelson datam de meados de 1800, quando os colonos alemães plantaram as primeiras videiras da região. Esta pitoresca região, localizada no extremo norte da Ilha do Sul, se beneficia de altas horas de sol, um clima costeiro e moderado e solos semi-férteis e de ótima drenagem. Os pioneiros da década de 1970 estabeleceram a indústria vinícola moderna – com nomes icônicos como Seifried e Neudorf. Atualmente Nelson é uma região vinícola boutique que produz excelentes Sauvignon Blanc, Pinot Noir e Chardonnay. Entre as variedades cultivadas, destaca-se a Sauvignon Blanc, com uma expressão mais elegante e contida, combinando mineralidade, frutas tropicais e nuances de ervas frescas. Outras regiões Auckland Berço de tintos poderosos e intensos, especialmente o Syrah, além de um excelente Chardonnay. Northland A sua localização ao norte confere um clima quase subtropical – úmido, ensolarado e quente. Os Chardonnays da região, os populares Pinot Gris e os vibrantes Viogniers se destacam. Entre os tintos, expressivos Syrahs e elegantes blends de Cabernet Sauvignon e Merlot. Waitaki Valley Com vinhas plantadas pela primeira vez em 2001, é uma região vinícola relativamente nova, com grande potencial. Os complexos solos de calcário e xisto atraíram as paixões de um punhado de produtores. A Pinot Noir é a variedade predominante, ao lado dos brancos Pinot Gris e Riesling. Nova Zelândia é um irresistível convite aos enófilos mais apaixonados. Vamos desbravar as ilhas? Vem com a gente, Equipe Sonoma Market The post Maori, kiwi, wine… Nova Zelândia first appeared on Blog Sonoma .